domingo, 6 de agosto de 2017

vagabundar







Ficar sem nada pra fazer é uma arte. Vagabundar é uma arte. Sinto a maior dificuldade em nada ter na agenda. Uma sensação de liberdade, quando isto acontece, toma conta de mim. E voo. Cabeça solta, viajo. E, assim sem mais nem menos, quando relaxo, chegam ideias. Imagino estivessem por aí, no ar, nos espaços.

Tenho tido uma vida boa. Mais ainda depois que limitei meus gastos ao que ganho. A vida mais simples, pra mim, tem sido melhor. Aprendo cozinhar, lavar roupa, priorizar o que me faz bem, cuidar dos meus tempos, cuidar de mim. Encontro amigos, movimento meu corpo, tenho escolhido com que ocupo meu espírito.

Está ficando claro que a essência do que vivo é o sentimento que tenho. Aprendo, agora, a ficar atento a meus sentimentos. O que me toca, fica. Vivo, mesmo, é o que sinto. Quando percebo o que sinto, vivo. Quando não percebo o que sinto, não vivo aquele sentimento.

Descubro, pouco a pouco, que alguns atos que faço determinam sentimentos que terei. Por isto, tenho procurado estar atento e escolher o que vejo, o que ouço, o que como, o que toco, bebo, cheiro, falo, o que faço. E, também, atento às escolhas do que penso. Estas aparentemente pequenas decisões de todo momento constroem meus sentimentos.

Que bom que esteja sendo tão simples, isto de eu mesmo escolher sentimentos. Inda mais agora que, descubro, na essência, o que sinto é a vida que vivo.

Tem o externo a mim, eu sei, cuja mudança não está ao meu alcance. Tenho me limitado ao que está ao meu alcance.











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