quinta-feira, 3 de agosto de 2017

descoberta







só vivo
o que percebo
do que sinto

Procuro estar atento a meus sentimentos. 
Percebo que vivo o que sinto. 

E mais: 
só vivo o que percebo do que sinto.

Percebo, também, 
que um tanto do que sinto tem relação com os atos 
que, antes, faço. 

Aparentes pequenos atos 
definem o que, dali a pouco, 
sinto, sentirei.

Como exemplos, 
se ligo a tv, sinto indignação, raiva, tristeza, impotência. 
Se dou uma garfada a mais, quase certo, 
terei refluxo, azia, dormirei sentado. 
Se bebo o que não devo, ressaca. 
Se falo o que não devo, ouço o que não quero, brigo. 
Se vejo cenas de terror, sinto terror. 
Se triste a música, tristeza me assola.


Aprendo que sou, 
muito mais que imaginava, 
um tanto responsável pelo que sinto, 
pelo que vivo.

Pra mim, aprendo, 
não posso mentir, é assim: 
sou eu quem escolho o que ouço, o que vejo, 
o que como, o que falo, o que faço. 

E o que penso. 
E o que sinto. 
E o que vivo.  

Um tanto, um tantão, 
sou eu quem escolho 
o que sinto no coração.


Em síntese,
como qualquer um, 
cientista de mim mesmo, 
descubro: 

só me percebo vivo quando sinto. 
E só vivo o que percebo do que sinto. 

Descobrir isto em mim, agora, 
tem me possibilitado definir, um tanto, 
minha vida. 








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