sábado, 22 de abril de 2017

O Sesc Rio - uma vida incomum como qualquer um 08





uma vida incomum como qualquer um 08

O Sesc Rio

Mergulhei no Sesc em 2.000. Éramos poucos mais de 400 para 3 vagas. 7 meses, o processo de seleção. Fui contratado como coordenador técnico e locado no Sesc Ramos, ao lado do Complexo do Alemão.

Minha função era cuidar da programação, facilitar o trabalho de colegas que produziam eventos, atividades socioculturais, esportivas, de lazer e promoção da saúde.

Quando cheguei, uma média de 150 pessoas frequentavam diariamente os espaços da unidade operacional. Quando sai dali pra trabalhar na sede, 1200 a 1500 pessoas diárias. Tudo muito em colaboração com os colegas da época que apoiaram transformações.

Logo no início, com a intenção de desburocratizar, estudei os caminhos dos papéis. Na verdade, os caminhos desde a ideia à avaliação, passando pelo consenso na programação, alocamento de recursos, preparação, contratações, realização, pagamentos... Criamos e implantamos ali uma metodologia que chamei de Sistema Sesc de Produção.

Processos e procedimentos se simplificaram e, com o tempo, natural e espontaneamente outras unidades operacionais do Sesc Rio adotaram a metodologia. Nela, o IBAS – Informações BÁSicas – que nomeei em homenagem a Betinho, do IBASE, continha respostas às 7 perguntas básicas necessárias para a realização de eventos e atividades: o que, quando, porque, como, onde, quem, quanto.

Criamos e distribuímos muitos e muitas folhetos e filipetas para os moradores da área, convites para frequentar o espaço. Experimentamos, junto a funcionários, um outro método que chamei de Rodízio Criativo. E criamos e implantamos as Redes Comunitárias, adotada posteriormente pela instituição como um todo.

Ampliamos a atuação para fora do espaço físico do Sesc Ramos. Fomos até onde nosso público estava. Era o Sesc fora do Sesc. Tudo isto estimulado pela missão original do Sesc:  “O bem-estar social dos comerciários e seus dependentes, através de serviços de caráter socioeducativo nas áreas da Saúde, Cultura, Educação, Lazer e Esporte, com qualidade e efetividade. Bem-estar social é aqui entendido como o resultado de ações de uma estrutura de atividades e serviços de cunho educativo que contribuem para a informação, capacitação e desenvolvimento de valores. Os comerciários e seus dependentes representam o público prioritário do SESC-RJ na prestação de seus serviços, os quais são também extensivos à sociedade.”

Lembro que o Sesc faz parte do Sistema S – Sesi, Senac, Senai, Sebrae, Sest, Senat, Senar... Do que entendi, o Sistema S trabalha com dinheiro público e tem missões originais voltadas para o público, especialmente trabalhadores e seus dependentes.

Em relação ao Sesc, especificamente, comerciários e seus dependentes podem frequentar gratuitamente suas dependências e usufruir dos serviços que as unidades operacionais do Sesc oferecem: eventos e atividades nas áreas de esporte, lazer, socioeducativa, turismo e saúde, como, por exemplo, assistência odontológica de boa qualidade.

Sou profundamente agradecido à instituição pela oportunidade de ali realizar trabalhos com o senso ético que carrego em mim. Porém, não me identifico com a orientação definida pela direção do Sesc Rio nos últimos tempos em que lá trabalhei, em 2011.

Vídeos
Já na sede, no Flamengo, na Assessoria de Projetos Comunitários supervisionada por Gilberto Fugimoto, planejamos e realizamos diversas ações comunitárias, enormes e pequenas. Para difundir a metodologia encomendamos e orientamos a realização do vídeo institucional Redes Comunitárias.

Um tanto pela importância daquilo que fazíamos, eu me propus realizar registros em vídeo, especialmente de encontros de redes comunitárias. Comprei, com meus recursos, equipamentos – 2 conjuntos: câmeras, tripés, microfones direcionais, extensões... – e gravei. Gravei muito. Já no momento das edições, solicitei e recebi o apoio do Sesc, que pagou o trabalho de edição. Em contrapartida inclui nos créditos agradecimentos e autorizei copiagens para distribuição junto a pessoas e instituições interessadas na metodologia.

A partir do movimento de cada um que se identificou – vivenciou e tomou conhecimento do novo jeito de se encontrar e objetivar conversas – as redes se
ampliaram e se ampliam.

No Sesc criamos outros encontros. O METS – Movimentos Emocional e Transformações Sociais, com Michel Robin, nos espaços do Centro de Movimento Deborah Colker – encontro-pesquisa em busca de informações sobre mudanças individuais e coletivas.

O LPS – Livre Pensar Social, com Gilberto Fugimoto – roda de conversa entre instituições interessantes e interessadas no bem estar social.

O CCI – Comunicação Comunitária Interativa – roda de conversa entre pessoas atuantes em comunicações comunitárias, com a participação de George de Araújo.

Os vídeos que realizei com o apoio do Sesc Rio estão disponíveis para que a instituição utilize em benefício do público. Estão acessíveis no Youtube e no www.luizsarmento.blogspot.com .

Disponibilizamos, também, pouco mais de 500 classificados sociais, um a um, no http://www.youtube.com/redescomunitarias. Tudo um tanto singelo.

Luiz Fernando Sarmento
















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