jornais, revistas, rádios, tvs
quem, também e muito,
me entristece
são as pessoas, boas,
que acreditam
no que os jornais escrevem.
jornais pautam conversas de tanta gente
que sofre com o que conversam
jornais, pra mim, não são confiáveis
misturam realidade e ficção
informam, desinformam
o que lhes interessa
descubro, triste, há gente
que confia mais, nos jornais, nas tvs
que na realidade
e, pra complicar, descubro, constato
as mesmas notícias são escritas
de maneiras diferentes
as mesmas notícias
vêm de fontes únicas,
as agências
no Brasil, agências O Globo, Folha de São Paulo...
no exterior, agências UPI, Reuters, Francepress, Chinapress...
e, quando são informações sobre guerras,
uma mesma fonte, imagino, Pentágono?,
fornece informações
para as agências de notícias,
que, por sua vez,
as transmitem a jornais, revistas, tvs,
veículos de comunicação
ai, que dor
fujo da dor, ao fugir das mentiras,
das falsas informações
sei que uma mentira,
se repetida, repetida, repetida,
se transforma numa falsa verdade,
distorce minha realidade,
me estimula a angústia, ansiedade
a minha, a de toda sociedade
talvez, quem sabe,
tudo mude um tanto,
a cada passo que dou,
a cada decisão que tomo,
a cada escolha que faço
em meu favor
assim, agora
defino minha vida
escolho o que penso,
o que leio, o que vejo,
o que ouço, falo, faço,
o que como, bebo, respiro,
o que penso,
o que sinto
acredito, há mudanças sociais
acredito, mudanças sociais
são somas de mudanças, movimentos individuais
cabe a cada um, a mim, a outro
escolher, definir a vida que vive
isto a cada momento
experimento, me sinto um tanto
livre
*****
Agências de inFormações Independentes
Síntese
Informações de qualidade podem chegar a muita gente, através de
veículos de comunicação já existentes. A ideia básica: qualquer pessoa ou
instituição pode montar sua própria agência de inFormações independente. Esta
agência oferecerá inFormações a veículos de comunicação.
Para a realização desta agência – além de informações benéficas de
interesse público – é necessária uma pessoa, um computador com acesso à
internet e endereços virtuais de veículos de comunicação. Simples assim.
Consciência
É mais fácil compreender processos de transformações, individuais e
coletivas, quando reconheço a existência do meu inconsciente e considero o que
vai pelo meu e pelo do outro. Freud, Jung, Reich me ensinam que cada um de nós,
no correr da vida, adquire e internaliza defesas. Elas têm a função de impedir
sentimentos que nos incomodam.
Por outro lado, a construção de relações de confiança me facilita
comunicações mais profundas. Assim, antes de entrar propriamente nos conteúdos,
é necessário cuidar de mim e do outro, estabelecer aproximações. Como no
namoro: há o olhar, a empatia, a delicadeza na aproximação, as identificações
comuns, os sinais, o pegar na mão, a construção da relação.
As inFormações profundas somente chegam ao seu destino quanto o
destinatário está receptivo.
Comunicar é uma arte.
Da compreensão...
Conteúdos diferenciados – que intencionam contribuir para qualidade na
vida de cada um e de todos – podem ser oferecidos a veículos de comunicação de
todo o país, em todo o mundo.
Existem fontes – individuais, coletivas, comunitárias, ONGs, Oscips...
Existem veículos potencialmente interessados – jornais, revistas, rádios, TVs.
E os virtuais, inventados ou por inventar – sites, blogs, orkuts, twitters,
faces...
As fontes não têm normalmente conexão com os veículos. Agências de
inFormações podem ter esta função: colher conteúdos de qualidade e
disponibilizá-los para veículos e seus públicos.
O terceiro setor – organizações de interesse público sem fins
lucrativos, formais ou informais – e um quarto setor – indivíduos, pessoas
físicas – podem assim compartilhar suas visões de mundo.
... Ao gesto
A realização de uma Agência de inFormações independente é trabalhosa,
mas simples. O básico:
• Uma pessoa interessada, com senso ético internalizado e capacidade de
aprender o fazimento e articular a integração de recursos: colher informações e
fomentar sua veiculação. Se necessário, editá-las, formatá-las.
• Um espaço, uma mesa, cadeira, um computador, um telefone com fax, um
scanner.
• Uma relação atualizável de profissionais de comunicação atuantes no
país – e suas funções nos veículos a que estejam vinculados. Há instituições
especializadas que oferecem comercialmente estas informações.
Talvez, por exemplo,
a Meio & Mensagem, http://www.meioemensagem.com.br .
Ou a Comunique-se, http://www.comunique-se.com.br .
Merecem ser também ser relacionados – além dos mais conhecidos – os
profissionais e veículos menos conhecidos. E jornais, revistas, rádios, TVs...
produzidos e voltados para suas comunidades.
No campo virtual, outro mundo de comunicações. Aqui, quando a
inFormação disponibilizada toca quem a recebe, são incontáveis as
possibilidades de reprodução e espalhamento. Dependem basicamente da iniciativa
de cada um. Assim mais facilmente se formam redes e movimentos.
• Uma relação de fontes possíveis de inFormações. Vale pesquisa. Há as
pessoas e instituições que já dão certo, já fazem trabalhos reconhecidamente em
favor do desenvolvimento integral da pessoa e da coletividade. Há os
desconhecidos do público, atuantes ou na semeadura. O boca-a-boca constrói
redes. Um leva a outros que leva a muitos.
Estas fontes podem estar relacionadas ao foco da agência. Imagino uma
diversidade grande, de acordo com o interesse de quem envolvido. Agências
voltadas para o bem estar das crianças, mães, pais, adolescentes. Ou para áreas
de conhecimento específicas: agronomia, psicologia, engenharia, medicina,
alimentação, esportes, lazer, voluntariado, magistério... Aqui vale um livre
pensar, além de aproximações dos próprios desejos de quem – pessoa ou
instituição – intenciona atuar como agente de inFormações.
Conteúdos
Todo este trabalho só faz sentido se os conteúdos das inFormações a
serem oferecidas contribuírem para o bem estar individual e coletivo. Para não
ter dúvidas, me pergunto: é o que desejo oferecer aos meus filhos, aos meus
pais, aos amigos, aos que não conheço? Poderá fazer bem, estimular reflexões?
InFormações atemporais tendem a permanecer.
Foram úteis ontem, podem ser úteis hoje e amanhã.
A construção de um mundo melhor comporta variedade de temas e públicos:
ética, comportamento, brincadeiras passo a passo, notícias que geram esboços de
sorrisos, agradáveis de saber... Escritas para todos nós ou especificamente
destinadas a pais, crianças, babás, professores, empresários, médicos,
políticos, funcionários públicos... InFormações que tragam, mais que
informações, conhecimentos. Que estimulem a consciência, possibilitem
insights...
Formas
Lembranças difusas. No início da segunda metade do século vinte, um
jornal de circulação nacional oferecia a jornais do interior matérias
atemporais em cadernos-tipo-cultura, com espaços para inserções publicitárias
locais. Informações de qualidade, para públicos virgens, ampliaram visões de
mundo.
Hoje, abrem-se novas fronteiras para a imaginação. Textos, fotos,
vídeos, áudios... Em releases, artigos, cromos, fitas, DVDs, CDs – virtuais ou
físicos... Escolhas de produção e oferta em função dos veículos, físicos e
virtuais, escritos e audiovisuais.
Todo o mundo quer
Aqui, ali, acolá, conteúdos de qualidade, quando emocionalmente
entendidos, tendem a encontrar pessoas e instituições proativas que utilizam e
reproduzem os conhecimentos adquiridos. Assim, em leve prazo, se sucesso aqui,
também sucesso entre outras pessoas, outros povos de outros países com outras
línguas, que tenham em comum a mesma humanidade.
Saiba mais:
https://pt.slideshare.net/LuizFernandoSarmento/o-que-est-ao-meu-alcance-44494193
Luiz Fernando Sarmento
www.luizsarmento.blogspot.com.br
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